quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Ídolos - Barbosa

   
   Hoje, será iniciada a seção Ídolos dedicada a explicar minimamente a história e divulgar algumas imangens de grandes jogadores que tiveram passagem marcante pelo Gigante da Colina. O primeiro será o maior goleiro da história do clube, que tanto jogou e venceu com a camisa cruzmaltina: Barbosa.


  • Nome: Moacir Barbosa
  • Data e local de nascimento: 27/03/1921- Campinas-SP
  • Altura: 1,74 cm
  • Períodos: 1945 a 1955 e 1958 a 1960
  • Jogos: 336 
  • Posição: Goleiro
  • Clubes: Ypiranga-SP, Santa Cruz, Bonsucesso, Campo Grande, Vasco (não nessa ordem).
  • Conquistas:
Campeonato Sul-Americano de 1948;
Campeonato Carioca em 1945, 1947, 1949, 1950, 1952, 1956 e 1958;
Torneio Municipal em 1945, 1946 e 1947;
Torneio Relâmpago em 1946;
Torneio Rio-São Paulo em 1958;
Quadrangular Internacional do Rio em 1953;
Torneio de Santiago de 1953;
Torneio Rivadávia Correia Meyer em 1953.



·         Características: Grande agilidade e elasticidade, excelente colocação, seguro, técnico e pegador de pênaltis. Sempre aparecia nos grandes jogos, sendo decisivo para o Gigante da Colina. Para o jornalista Sérgio Cabral também foi o inventor da defesa de mão trocada.


   Provavelmente, um dos maiores goleiros do futebol brasileiro e mundial, Barbosa é também um dos grandes ídolos da história do Vasco. Seus 16 títulos (!) conquistados comprovam sua importância e idolatria, ainda mais porque teve participação decisiva em muitas dessas conquistas.
  
   Pelo (suposto) erro na final da Copa do Mundo de 1950 em que o Brasil perdeu para o Uruguai no Maracanã, Barbosa foi criticado, rejeitado e renegado. O goleiro ainda sofreu com o racismo que envolvia a atmosfera do futebol e do país. Mesmo Castilho, grande goleiro do Fluminense e reserva de Barbosa, já afirmou que teria feito os mesmos movimentos que o vascaíno realizou, inocentando-o. A partir daquele fatídico lance, muitas pessoas desconfiaram da qualidade do negro não só para o futebol, como para a posição de goleiro. Coincidência ou não, a seleção brasileira só foi ter um goleiro negro décadas depois com Dida. Esse preconceito já foi notado em comentários racistas de Chico Anysio, comediante vascaíno, em uma coluna no jornal Lance! e em uma entrevista no canal ESPN, ao afirmar que não confiava em goleiros negros, principalmente aós 1950.


   Tudo o que Barbosa construiu na sua linda história não pode ser minimamente diminuído ou ignorado. Participou da maior equipe cruzmaltina de todos os tempos: o Expresso da Vitória. Foi um período de muitas vitórias, títulos e alegria ao torcedor. Ele é considerado um dos maiores goleiros brasileiros da história por jornalistas como: Nélson Rodrigues, Armando Nogueira, Luiz Mendes, Sérgio Cabral, João Máximo, Alberto Helena Junior, Paulo Vinícius Coelho, Sérgio Noronha, Paulo Julio Clement, Tino Marcos,... O arqueiro vascaíno também já teve suas qualidades reconhecidas por técnicos como Paulo Autuori, Tite e Zagallo.


                                                  Barbosa e o goleiro reserva Valdir Appel















 Barbosa e Castilho, goleiros de Vasco e Fluminense, além da seleção

Gilmar e Barbosa: grandes goleiros na seleção

Fontes:
Um Expresso chamado Vitória (Alexandre Mesquita, Jefferson Almeida)
Vasco, A cruz do bacalhau (Aldir Blanc e José Reinaldo Marques)

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